Todos crescemos a ouvir que a água é um recurso inesgotável. Mas no meio da crise ambiental em que vivemos, será que até a água está a tornar-se um recurso finito? Muitos especialistas estão a usar esse termo.
Várias regiões da África, a zona oeste dos Estados Unidos, a Índia, a Austrália, a China, o México, o Médio Oriente e o sul da Europa são os lugares do mundo mais regularmente e substancialmente afetados pela escassez de água. É alarmante este problema ser de preocupação primária em já tantas regiões do mundo.
Em 60 anos, o acesso a água potável diminuiu aproximadamente 70% na Índia. Na China concentra-se cerca de 20% da população global, mas somente 7% dos recursos hídricos.
O Médio Oriente é atualmente a região que regista a maior escassez de água. E se verificarmos a situação na África do Sul, podemos concluir que o país está a atravessar a pior seca dos últimos cem anos. Há mesmo o risco de as torneiras ficarem simplesmente sem água.
Quaisquer soluções baseadas em tecnologia de ponta que sejam lançadas para atacar este problema poderão servir apenas para o atenuar, e nunca para o exterminar. O problema global da escassez de água atingiu um ponto irrecuperável.
A Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, a Grécia, Israel e o Reino Unido são os países que mais têm investido no combate à finitude dos recursos hídricos. Fazem-no através de estações de dessalinização e outras soluções para purificar e reciclar a água.
Recentemente, investigadores nos Estados Unidos, na Austrália e na França têm desenvolvido tecnologias promissoras nesse sentido. Para qualquer lado que olhemos, encontramos problemas ambientais inquietantes.
Por isso, questionamo-nos sempre acerca da diferença que os avanços tecnológicos poderão realmente trazer. Ainda assim, é absolutamente elogiável o esforço contínuo de diversos indivíduos, organizações e países.